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À luz da proposta de Antonio Candido, em “A dialética da malandragem”, e de João Cezar de Castro Rocha, em “A dialética da marginalidade”, este estudo tem a intenção de apresentar a figura do malandro brasileiro paralelamente ao marginal da sociedade pós-moderna, através da obra Cidade de Deus (2002), do escritor Paulo Lins. Em seguida, pretende-se fazer uma comparação deste marginal com o sicário colombiano representado na obra La virgen de los sicários (2008), de Fernando Vallejo. Pretende-se, portanto, refletir sobre as representações da violência mediante as trajetórias dos protagonistas de ambas as obras, problematizando a estrutura desses textos – no caso, o fait divers de Barthes em Cidade de Deus e o kitsch em La Virgen de los sicarios (2008) – de maneira a buscar uma resposta para esta violência retratada, além de refletir sobre a recepção destas obras pelo leitor contemporâneo.

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